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quarta-feira, 29 de junho de 2011

HC in Focus - Participação Especial - É Preciso Liderar Com o Coração

Por: Tom Coelho


“Conte-me e eu esqueço. Mostre-me e eu apenas me lembro. Envolva-me e eu compreendo.”


(Confúcio)

Dale Moss foi executivo da British Airways por mais de 20 anos liderando cerca de 12 mil colaboradores. Sua experiência o ensinou que construir uma boa equipe é responsabilidade do líder que deve inspirar as pessoas – mas inspirando-se primeiro. Além disso, a performance é uma atribuição direta da liderança organizacional. Por isso, se uma empresa não estiver se saindo bem, vá direto ao topo!

Sua concepção de liderança envolve cinco atributos básicos:

1. Caráter. Contempla integridade, coragem e confiabilidade. A expressão-chave é: liderar pelo exemplo.

2. Compromisso. Compreende desejo, foco e impulso. Trata-se de comprometimento com as metas estabelecidas.

3. Competência. Baseia-se no conhecimento e, mais do que isso, na habilidade de processá-lo alcançando a sabedoria. O desejo de aprender deve transformar líderes em eternos estudantes da vida.

4. Comunicação. Deve ser frequente, ou seja, é preferível pecar pelo excesso. Também precisa ser verdadeira, transparente e sensível com as pessoas e as circunstâncias.

5. Interesse. Resumido em uma única palavra: empatia. Seja duro nas questões, ao lidar com problemas, porém brando e flexível ao lidar com as pessoas.

Além destes aspectos, Moss alerta os líderes para a importância da cultura e dos valores corporativos. Transparência, responsabilidade e confiança são bens supremos, assim como a integridade e a honra.

O mau hábito de usar da honestidade apenas quando se acredita que alguém esteja olhando produziu empresas dignas de um “hall da vergonha”, como Enron e WorldCom.

Deve-se jogar para ganhar. Ir até onde for possível usando todos os recursos de que se dispõe. Porém, liderança é um jogo de estilo. Não é o que você faz que conta, mas como você faz.

Antes que você possa realmente liderar, tenha um código capaz de orientá-lo pela vida. E lembre-se de que as pessoas não estarão lá para atender você, mas você deverá estar a postos para atendê-las. Afinal, liderar é servir.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Coluna HC in Focus - Compra Presencial: Uso da Consciência no Consumo

Por:

João Paulo Leroy
32 anos
Publicitário e Músico

Hoje se vende de tudo. E não é pouco, vende-se de tudo e muito. Coisas que às vezes nem sabemos para quê serve, para quê tipo de pessoas são; o importante, é que vende-se e ponto final. E o melhor de tudo: nem é necessário sair de casa, pois pode-se comprar pelo telefone, pela internet e o correio ou serviço de entrega da própria empresa leva o produto até sua casa ou mesmo em seu trabalho.

Muitas pessoas acham isso vantajoso. Não penso assim. Pode ser em partes, pois analisando por um outro ângulo, pode representar um tipo de isolamento social. Pessoas acreditam apenas na questão da comodidade, do conforto, agilidade e segurança, mas se esquecem de que ao pagar por este serviço, deixam de sair, de ir até as lojas e ter o famoso contato pessoal, que além de ser bom socialmente, pode ainda render um desconto ou brindes, que se entregues pelo serviço de postagem, passam a ser “frios”, sem muito sentido e torna-se mais um brinde comum entre tantos outros já recebidos diretamente em casa.
Pode parecer bobagem, mas não é. O contato com o vendedor, com o ambiente da loja é motivacional, é fundamental para que suas compras e suas ações como cliente deixem de ser mecânicas, repetitivas e se transformem em atitudes banais.
Na verdade, é até isso que o mercado deseja. Ele quer que suas ações sejam mecânicas, repetitivas e que gere muitas movimentações positivas ao comércio. – Comprar, sei que é necessário, mas podemos deixar um pouco de lado a comodidade da internet, dos correios e até do celular para podermos adquirir nossos produtos e serviços direto das lojas e claro, controlar sempre que necessário, nossos impulsos a fim de melhorar cada vez mais nossa qualidade de vida.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

HC in Focus - Participação Especial - Quinze Anos

Por: Tom Coelho
Há vários motivos para não se amar uma pessoa. E um só para amá-la.”
(Carlos Drummond de Andrade)

Há uma queixa recorrente e consensual entre as mulheres. Atualmente está se tornando uma missão quase impossível encontrar um homem que reúna características como cavalheirismo, inteligência e intelectualidade aos atributos de um autêntico Don Juan, tais como masculinidade, sensualidade e beleza física. Tudo o que elas querem é alguém capaz de tirar-lhes o fôlego, surpreendê-las, fazê-las perder a racionalidade. Mas que depois as traga de volta ao plano terreno, à objetividade e pragmatismo necessários, sem deixar esvair o encantamento.

Há também um consenso entre os homens. Nos dias de hoje, há mulheres para se curtir e mulheres para se namorar. E raramente são as mesmas. A expressão usual assemelha-se a: “Uma garota como essa não se encontra por aí... Cuide bem dela, mantenha este relacionamento. E aproveite para se divertir com as mulheres erradas, enquanto isso”.

Entre um universo e outro, o que os une é a solidão. Mulheres de um lado, homens de outro, compartilhando a vida com amigas e amigos, à espera de serem “tirados para dançar”. Parece que a sociedade moderna nos robotizou, tornou-nos tão mecânicos que perdemos a capacidade de nos apaixonar. E, mais ainda, de amar. Construímos um muro em nosso redor com tijolos de intolerância. Ficamos tão seletivos que terminamos sós.

Amar é olhar para outra pessoa e, mais do que admirá-la, contemplá-la, observando seus traços, suas feições, seus movimentos, e não desejar perder nem um milésimo de segundo, negando-se até mesmo a piscar. É ver a imagem da pessoa amada refletida em outdoors, estampada no rosto de personagens da televisão. É ter uma música em comum que marca um momento especial ou que se tornou especial por apenas representar a lembrança de um momento. Lembro-me de Mário Quintana: “Amar é mudar a alma de casa”.

Amar é dialogar, o que significa falar, mas também saber ouvir. Ter a sensibilidade para perceber quando o outro precisa apenas dizer tudo e de todas as formas, muitas vezes sem a preocupação de que você esteja ouvindo. Basta sua presença. Olhos que sinalizam atenção, silêncio que pronuncia respeito. Acolhimento, conforto, generosidade. Dar como alimento o carinho.

Amar é descoberta. É desvendar sem pressa o passado de quem se gosta não pela neurose de uma investigação, mas pelo prazer de apreciar aquela história como quem ouve um pequeno conto infantil ditado pelos pais ao lado da cama.

Amar é tolerância, é concessão. Não significa mudar e nem exigir que se mude, mas estar disposto a se adaptar e esperar que se faça o mesmo. Ajustar expectativas, alinhar propósitos. É caminhar lado a lado, olhando unidos na mesma direção, ainda que com visão periférica apurada. Maiakovski pontuou acertadamente: “Amar não é aceitar tudo. Aliás, onde tudo é aceito, desconfio que haja falta de amor”.

Amar é transparência, é dizer o que se pensa, sabendo a hora de falar. É não praticar a omissão achando ser possível empurrar conflitos para sob o tapete até que um dia o vento espalhe tudo, maculando o que foi construído. Transparência que gera credibilidade, que leva à confidencialidade, que conduz à lealdade. A lealdade que surge não como um dever, mas como resultado da satisfação do exercício da plenitude, de sentir-se completo.

Amar é tocar. É beijo que acelera o pulso. Sexo com longas preliminares e aconchego posterior. Dormir abraçado, acordar junto. Filme com pipoca, chuva romântica do lado de fora. Cuidar e ser cuidado. Promessas insanas de juras eternas – a eternidade que se perde num instante. É dividir a liberdade.

Amar é superar adversidades, enfrentar o desafio da geografia que, às vezes, distancia fisicamente dois corações. É sentir a saudade como fruto da partida.

Amar é intensidade, é compreender a impermanência do tempo, sua relatividade. Significa rasgar os estúpidos calendários, quebrar os imponentes relógios e compreender que o tempo tem outra dimensão. É preferível um amor intenso de 48 horas a uma vida insípida compartilhada por uma década.

Amar é se mostrar um grande espelho e permitir que o outro possa mirar-se em você. Ver a si próprio enxergando aquilo que é mais virtuoso, mais nobre. É ver de maneira perfeita uma pessoa imperfeita. É buscar o equilíbrio, tomar cuidado com a ansiedade, a angústia, a incompreensão e as cobranças. É ter coragem de também sofrer.

Amar é tudo isso e um pouco mais. Ação que não se descreve, mas que se pratica. Coisas que sabíamos fazer quando adolescentes, aos quinze anos, quando éramos mais intrépidos, menos racionais e, por isso, capazes de ser mais felizes.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

HC in Focus - Participação Especial - A USP Não Pode ser Gratuita

A USP Não Pode ser Gratuita


Por: Tom Coelho

"O importante da educação não é o conhecimento dos fatos,

mas dos valores."

(Dean William Inge)

O assassinato de um estudante nas dependências da Universidade de São Paulo, além de causar comoção e preocupação, deve também resgatar um debate há muito negligenciado: as universidades públicas não podem continuar integralmente gratuitas.

USP, Unesp e Unicamp conquistaram em 1989 a chamada autonomia financeira recebendo repasses do Governo da ordem de 9,57% da receita líquida do ICMS. Portanto, é dinheiro público, de um Estado formado por mais de 41 milhões de habitantes (Censo 2010), para beneficiar cerca de 210 mil pessoas, entre estudantes, funcionários e docentes.

Diante desta informação, toda discussão acerca da abertura dos portões da USP ao público em geral e sobre a participação da polícia militar em rondas ostensivas é improcedente. A população tem direito de acesso a um espaço comum. A polícia deve prover segurança à Cidade Universitária como deve fazê-lo em qualquer outra localidade.

Os defensores da universidade pública integralmente gratuita alegam, com razão, que a educação é um direito do cidadão e um dever do Estado. Argumentam também que muitos ingressantes cursaram o ensino médio em escolas privadas com a finalidade de, melhor preparados, obterem sucesso no concurso vestibular. Ouvi estas e outras teses em minha passagem pela USP, nos anos 1990, arduamente defendidas pelos pseudoesquerdistas do Diretório Central de Estudantes (DCE) e de diversos Centros Acadêmicos.

O fato é que muitos estudantes lutam, sim, para ingressar em uma destas universidades não apenas por sua qualidade de ensino e reputação, mas também porque não poderiam pagar pelos estudos. Refiro-me a alunos que usam transporte público, frequentam assiduamente as bibliotecas para fugir da aquisição de livros, dividem espaço em repúblicas ou conjuntos habitacionais com vários outros colegas ao longo de quatro ou cinco anos.

Contudo, há um número expressivo de estudantes oriundos das classes A e B, com renda familiar mais do que suficiente para custear seus estudos e que se locomovem em veículos próprios, desfilam roupas de grife e lotam os bares nos arredores da faculdade sem preocupação com o valor da conta.

Tomemos como exemplo os estacionamentos em todas as faculdades da USP. São mal iluminados, sem monitoramento eletrônico e vigilância policial. Diante disso, cabe ao poder público investir em postes de iluminação, câmeras e policiamento, ou cabe aos proprietários de veículos se cotizarem para suprir estas necessidades? Por que aqueles que pagam despreocupadamente R$ 20,00 ou mais para estacionar seus veículos com um manobrista julgam absurdo pagar uma mensalidade para guardarem seus carros com segurança?

O fim da gratuidade não significa necessariamente a cobrança de mensalidades. Este expediente pode ser aplicado a alguns alunos, mas o fato é que todos, indistintamente, deveriam legar à sociedade parte do que dela receberam. Por que os estudantes de Direito do Largo São Francisco não advogam para a população carente? Por que os engenheiros da Poli não realizam ações de urbanização de favelas? Por que os profissionais da área de saúde não reforçam o atendimento nos postos de saúde e prontos-socorros?

É uma questão de vontade política, consciência moral e valores virtuosos. Os trabalhos de conclusão de curso, estágios e que tais deveriam ser cumpridos em atendimento à comunidade. Os graduados deveriam destinar um dia por mês ao longo de um ano, no mínimo, para trabalho assistencial. Mas é mais fácil fechar os olhos para a favela São Remo, proibir o acesso de “pessoas diferenciadas” no campus ou até mesmo erguer muros e instalar cancelas, praticando o segregacionismo.

Basta de hipocrisia!



segunda-feira, 6 de junho de 2011

Coluna HC in Focus - Bom Atendimento : Fazendo Novos Amigos e Lucros

Por:
João Paulo Leroy
32 anos
Publicitário e Músico

Por estes dias hospedei-me em um hotel no interior de Minas Gerais. É um hotel muito bonito, sugestivo, em que seus donos se preocupam muito com a conscientização, a sustentabilidade e principalmente na questão do atendimento aos hóspedes.

O hotel é cercado de natureza exuberante, bastante espaçoso e seguro. A impressão que dá é de estar em uma grande mata, uma floresta. Em fim, é um ambiente saudável e maravilhoso.

Mas o que mais me chamou a atenção foi o atendimento dos funcionários. Parecia algo mágico. Eles executam o serviço sem parecerem chatos, “grudentos”, como aqueles atendentes que acham que precisamos de babás e que acabam nos cansando e ainda pensam estar agradando.

E neste hotel não, o pessoal foi exclusivamente treinado para nos receber e ajudar no que for preciso. E o que mais me agradou foi isso, eles nos atendiam com simplicidade, carinho e agilidade. Um treinamento e trabalho perfeito do hotel. Com certeza, a grande maioria dos hóspedes sai dali feliz.

E é isso, amigo leitor. O bom atendimento deixa boa impressão, que pode gerar amizade, cumplicidade e ótimos lucros em seu negócio. Minha experiência no hotel valeu muito à pena, pois atualmente, não é todo local que se preocupa com as pessoas.

Ah, e já ia me esquecendo e acho que seria injusto se não contasse à vocês a localização do maravilhoso hotel. É o Pimonte, que fica à cidade de São Francisco de Paula, a 150 km de Belo Horizonte. Se um dia tiver oportunidade de conhecer, vá tranqüilo, pois eu garanto. Você vai gostar!

Grande abraço!

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Informativo HC in Focus - Dia do Gestor de RH

A equipe HC in Focus Consultores honrosamente parabeniza nesta data de 03 de Junho à todos os Gestores de Recursos Humanos pelo seu dia em especial.

Parceiros e profissionais que se dedicam a prática de  ' gerir, compreender, auxiliar, divulgar, acrescentar ', e estar consciente de levar sempre adiante, as mudanças e os objetivos das instituições e de todos os seus colaboradores, caminhando juntos, em busca de seu crescimento e de sua satisfação pessoal e profissional.

Parabéns ... Sucesso e Bom trabalho.

Hilário e Carlos Alberto.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

HC in Focus - Participação Especial - O Bullying Sempre Existiu

O Bullying Sempre Existiu


Por: Tom Coelho

O bullying sempre existiu. Anos atrás as vítimas eram chamadas de CDFs, nerds ou puxa-sacos. Eram jovens que se sentavam nas primeiras fileiras de carteiras na sala de aula, prestavam atenção no professor e na matéria lecionada, inquiriam e respondiam perguntas, faziam o dever de casa e, consequentemente, tiravam boas notas. O contraponto era a “turma do fundão”, formada por rebeldes e descolados.

Os atos de bullying eram bem conhecidos. Desde o “corredor polonês”, onde vários estudantes se enfileiravam para escorraçar o alvo com alguns petelecos, tapas e breves pontapés, a chamada “geral”, até o famigerado “te pego lá fora”. A opressão era mais física do que psicológica, pois o constrangido tinha em sua defesa o fato de ser, normalmente, melhor aluno que seus agressores.

Claro que também tínhamos o assédio ao gordo, ao feio e ao varapau. Mas a questão é que estas ações eram contidas em si mesmas. As escolas mantinham “bedéis” para colocar ordem na casa e coibir atos de violência, sem falar que ir “parar na diretoria” era temido pela maioria dos alunos.

Contudo, se o bullying ocorresse, ao chegar em casa a vítima ainda iria ter com seus pais. Alguns poderiam dizer: “Não reaja, pois não é de sua natureza”, no melhor estilo “ofereça a outra face”. Já outros argumentariam: “Se apanhar de novo lá fora e não reagir, vai levar outra surra quando chegar em casa”.

Mas isso tudo são histórias de 30 ou mais anos atrás, tempos em que a educação era partilhada pela igreja, a família e a escola. A igreja católica se viu alvejada, no Brasil, pelo avanço dos evangélicos e outras religiões, de modo que passou a se preocupar mais com seu negócio do que com seus clientes. A família abandonou o modelo patriarcal, migrando para o nuclear. Agora a mulher trabalha fora, acumulando a chamada dupla-jornada, ou seja, cuidar de seu emprego e dos afazeres domésticos, sobrando menos tempo para dar atenção aos filhos. Esta nova rotina profissional levou à desagregação familiar. Assim, a educação foi entregue à tutela quase exclusiva da escola que, por sua vez, também se tornou um grande negócio.

Neste quadro, coloque como tempero os conflitos de valores, a influência da mídia e os novos paradigmas sociais. Agora temos alunos que não respeitam professores, colegas e até os pais, pois têm grande dificuldade de lidar com o conceito de hierarquia. O apelo ao consumo transformou pátios em passarelas, por onde desfilam roupas e celulares. Os péssimos hábitos alimentares promoveram o crescimento da obesidade contrastando com a ditadura da beleza. E a cereja do bolo: a comunicação pelas redes sociais que levam as vítimas à exposição instantânea e em larga escala.

A solução para amenizar o bullying não passa por mais regras, coerção e punição. Passa pelo resgate dos valores e a conscientização sobre o que é certo e o que é errado, tarefa esta da igreja, da família, da escola e também da sociedade.
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