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sexta-feira, 17 de setembro de 2010

HC in Focus - Opinião Pública

Como seguimento de nossos estudos, visando o tema ‘ Educação ‘, damos início as nossas entrevistas junto a um grupo de pessoas de diferentes perfis porém de vastos e profundos conhecimentos ...

Vamos as questões ...

Perguntas simples mas de sumária importância e necessidade,  para nos aproximarmos cada vez mais de nossos objetivos pessoais e principalmente profissionais.

• Somos pessoas educadas ?

• Temos a consciência de que a educação é a base primordial para qualquer ação que venhamos a desenvolver em nosso cotidiano ?

• O Mundo e o Mercado de trabalho estão carentes da educação ? O que fazer para modificar essa situação ?

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Ao realizarmos essa entrevista, tivemos a oportunidade de perceber que mesmo em diferentes estágios e momentos de suas vidas, esse grupo de pessoas possui com veemência a mesma visão do que realmente se é necessário para uma permanente estrutura pessoal e profissional. Nada é tão simples quanto parece ser, há a necessidade de ser seguido com consciência e direcionamento para que as bases estruturais estejam firmes, compondo assim o caminhar em busca da plenitude junto ao nosso eu próprio e a nossa presença no Mercado profissional cada vez mais exigente e competitivo.

Leiam e comentem ...

Nosso debate se inicia e a partir do mesmo, daremos sequência ao que chamamos de ‘ relações, necessidades e vivências ‘.

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Entrevistados :


Wanda Bassalo - 80 anos - dona de casa

Acredita que somos sim pessoas educadas porém nos dias dia hoje, fechadas em nosso próprio egoísmo e vaidade. Dessa forma, muitas vezes não conseguindo realizar aquilo que é desejado no momento em que a própria pessoa estipula, a raiva e a rebeldia tomam conta da situação e tudo se torna caótico. Sai então atropelando tudo que vê pela frente esquecendo que dessa forma ferimos e magoamos aqueles com que convivemos e na maioria das vezes os danos podem ser irreversíveis. Por isso, existem as divergências profissionais. Para uma mudança geral, as pessoas de um modo geral devem ter duas coisas em mente : Respeito e muita calma, sempre.

Maria Jerusalém Ribeiro – 52 anos – Dona de casa

No mundo de hoje, não só a educação, mas tudo que se refere a convívio de pessoas depende (e muito) da estrutura de vida de cada um. A comparação pessoal e a competição tomaram conta do mundo de da razão das pessoas. Impostos cada vez mais altos, impunidade em relação a ações graves, tudo isso gera e causa muita revolta. A vontade de querer tudo que o mundo oferece e o fato de não conseguir, traz o transtorno que, de uma certa forma, cega a pessoa e a mesma esquece que acima de tudo existe o respeito e a forma de viver e pensar de cada um. Por isso, não acredita que essa situação possa ser mudada. Precisar precisa, mas não tem como por causa da vontade de possuir, das ofertas e possibilidades de se querer ter tudo, tanto do mundo quanto das outras pessoas que aparentemente tem algo que o outro alguém não possua e em geral, o ser humano não quer nunca abrir mão.

Paulo Maciel – 49 anos – Comerciante e lojista

O mundo hoje é um grande campo de batalhas, todo mundo quer vencer, não importa como. Ainda que para se chegar ao objetivo sonhado tenha de passar por cima dos outros. Você vale pelo que você tem e não pelo que você é. As pessoas sabem, tem a consciência de que nada se consegue resolver sem ser politicamente educado, mas insistem em agir assim só quando a situação é de seu extremo interesse. Nem é preciso perguntar o óbvio. Claro que precisa mudar, muito e tudo. As relações, as pessoas por si próprias e as formas de conduzir suas vidas e suas rotinas em relação a trabalho, mas infelizmente nos dias de hoje é impossível porque mesmo que um ou dois ou mil queiram mudar, outros tantos milhões não o farão e nem se interessam por isso. Dessa forma acabam massacrando a pequena massa que tem o interesse em fazer diferente. Como a corda sempre arrebenta do lado mais fraco, a minoria se cala e a coisa se segue sempre mais errada.

Ângelo de Castro – 32 anos – Agente penitenciário

Somos pessoas educadas quando nos convém ser. Tudo depende do interesse de cada um, principalmente no mercado de trabalho. Você na verdade representa para ser bem sucedido ou para ser bem visto aos olhos daquele que você acredita ser seu adversário mas com quem não seja possível competir. Falta e muito a educação na família, nos interesses pessoais e profissionais. As pessoas hoje em dia pensam no dinheiro e não na colaboração. Você faz para receber, sem se importar com o colega de trabalho ou com as necessidades do mesmo e que a própria empresa possa ter. Pode e precisa sim mudar tudo, mas está cada vez mais complicado. Quase impossível por causa das cobranças da ‘ selva de pedra ‘ em que estamos vivendo.

Cleide de Souza – 24 anos – Operadora de caixa

Afirma com absoluta certeza que não somos pessoas educadas. Não da forma que deveríamos ser por causa da educação familiar que é o ponto inicial de tudo. Nos dias atuais, o filhos fazem o que tem vontade, não sabem ouvir um não na hora certa e os pais por sua vez, cada vez mais ausentes, pensam que educar é dar de tudo e deixar com que os filhos façam tudo aquilo que tem vontade. Educação vem de berço e ninguém está atento a isso. Entender que ninguém nunca é igual a ninguém, por isso o respeito tem de vir sempre em primeiro lugar. A partir do momento em que os pais disserem não a seus filhos no momento certo, os mesmos crescerão entendendo que respeitar o espaço do outro é a tarefa mais importante para se saber conviver com as questões pessoais e principalmente com as questões profissionais. A partir dessa conscientização, tudo pode começar a ser modificado.

Alex Sandro Costa – 23 anos – Garçom e Auxiliar de serviços gerais

Somos educados sim. Se sabemos ser educados numa situação interessante a nós mesmos, também sabemos utilizar da mesma forma em qualquer que seja a situação em que possamos nos encontrar. Quem não sabe alguma coisa, ou procura aprender ou então realmente fica no desentendimento. Não age de acordo com nenhum momento e nem interesse próprio. Quem faz isso é interesseiro, individualista. Esses sim são os dois grandes males da humanidade. Cada um só se preocupa com si próprio. Por isso, existem as competições e cobiça. Sem educação não somos e não conseguimos absolutamente nada e é por causa disso que o mundo está como está. Um querendo atropelar o outro para conquistar alguma coisa. Será que é possível mudar essa situação ? ... Aí é difícil responder porque a resposta está dentro de cada um de nós, de acordo com nossas próprias ações.

Izabela Moraes – 17 anos – Aluna da 3ª Série do ensino médio

Analisa a educação nos dias atuais como interesse relacionado à classe social das pessoas. Mas mesmo dessa forma, as próprias pessoas têm a consciência de saber exatamente o que é e como devem se comportar diante das outras.Todas as pessoas possuem algum tipo de conhecimento e sabem distinguir entre o certo e o errado. Assim sendo, sabem sim que educação é primordial para que possamos construir alguma coisa. A cada um cabe praticar ou não, entendendo que todos colhem aquilo que plantam. Por causa das necessidades e cobranças do mercado atual a ética e a moral estão cada dia mais distantes dos perfis de muitas pessoas, por isso será muito difícil haver a mudança necessária. Cabe a cada um escolher e estar sempre muito atento aos caminhos que irá trilhar na vida pessoal e profissional.

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Temos agora em nossas mãos uma pequena amostra do que está ocorrendo em nosso cotidiano e com base nela podemos e devemos fazer toda a diferença. Podemos perceber as diferentes estruturas profissionais de nossos entrevistados, suas idades e mesmo assim, o mesmo traço de pensamento em relação à vida atual. Fica em aberto a pergunta, ‘ Como fazer toda a diferença ‘ ?

Hilário Gonzalez Júnior



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